A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) investiga uma nova suspeita de envenenamento relacionada a Elizabete Arrabaça, de 68 anos, acusada de matar sua nora, Larissa Rodrigues, e já condenada pela morte da própria filha, Nathália Garnica, em Pontal (SP). As investigações apontam que Elizabete utilizou chumbinho em ambas as vítimas, levando a polícia a reavaliar a morte de Élide Guide, amiga da idosa, que faleceu há nove anos.
O delegado José Carvalho de Araújo informou que novos depoimentos surgiram durante as investigações, sugerindo que Élide pode ter sido vítima do mesmo crime. A polícia pretende analisar documentos do Serviço de Verificação de Óbito e ouvir pessoas próximas à vítima para esclarecer a relação entre as duas mulheres. O médico patologista Dênis Welington Moura Ferreira, responsável pela autópsia de Élide, destacou que a idosa apresentava edema pulmonar, um sintoma que pode estar relacionado a envenenamento por carbamato.
Diante das novas evidências, a exumação do corpo de Élide será solicitada para a coleta de provas que possam confirmar a hipótese de envenenamento. Araújo enfatizou a importância dessa ação para o inquérito, que busca esclarecer as circunstâncias das mortes e a possível ligação entre elas. Elizabete Arrabaça está presa desde 6 de maio, após laudos toxicológicos apontarem a presença de chumbinho no corpo de Larissa, e sua defesa não se manifestou sobre as novas acusações.