Nesta quarta-feira, 9, a polícia francesa realizou uma operação na sede do partido de direita radical Reagrupamento Nacional, apreendendo documentos e registros contábeis. A ação faz parte de uma investigação mais ampla sobre alegações de financiamento ilegal da campanha presidencial de 2022 da líder do partido, Marine Le Pen, e de outras campanhas eleitorais. O partido, que defende a restrição da imigração e dos direitos dos muçulmanos, é o maior na câmara baixa do parlamento francês.
O líder do Reagrupamento Nacional, Jordan Bardella, criticou a operação, descrevendo-a como um ataque ao pluralismo democrático. Ele afirmou que a polícia confiscou todos os arquivos relacionados às recentes campanhas do partido. A investigação, que se estende a alegações de fraude, lavagem de dinheiro e falsificação, foi aberta há um ano e busca determinar se a campanha de Le Pen foi financiada por empréstimos ilegais.
Além disso, o Ministério Público de Paris confirmou que as buscas ocorreram na sede do partido, em empresas não identificadas e nas residências de dirigentes. Embora a operação tenha gerado polêmica, até o momento, ninguém foi indiciado. O ex-tesoureiro do partido defendeu a legalidade das ações do Reagrupamento Nacional, enquanto Le Pen permanece em silêncio sobre a situação.