Nesta terça-feira (15), a Polícia Federal (PF) desencadeou duas operações em combate ao tráfico humano, cumprindo mandados de busca e prisão preventiva em São Paulo e no Distrito Federal. As investigações revelaram esquemas de aliciamento de mulheres brasileiras para exploração sexual na Europa e a recrutaçãode cidadãos paraguaios para trabalho em condições análogas à escravidão em uma fábrica clandestina de cigarros.
Na primeira operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão preventiva. As vítimas, em sua maioria jovens atraídas por promessas de trabalho e altos salários, ao chegarem à Europa, enfrentavam violência, exploração sexual e retenção de documentos. A PF também determinou o sequestro de bens no valor de até R$ 6,6 milhões e a proibição de saída do país para as investigadas.
A segunda ação, denominada Operação Chrysós, focou na repressão ao tráfico de pessoas para trabalho escravo em Ourinhos (SP). Cidadãos paraguaios eram trazidos ilegalmente ao Brasil e mantidos em condições degradantes, sem comunicação com o exterior e submetidos a jornadas exaustivas. A operação contou com o apoio do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.
De acordo com a coordenadora-geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria Nacional de Justiça, Marina Bernardes, o tráfico de pessoas é um crime complexo que envolve diversas questões sociais e econômicas. A PF mantém canais de denúncias para coibir essas práticas, tanto no Brasil quanto no exterior.