A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo prenderam dois suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de fraudes eletrônicas. A operação, denominada Magna Fraus, ocorreu nos dias 15 e 16 de outubro e resultou na recuperação de R$ 5,5 milhões em criptoativos. Os investigados são acusados de promover um ataque hacker à C&M Software, que conecta instituições financeiras ao sistema do Banco Central, causando um desvio estimado em mais de R$ 500 milhões.
Os hackers teriam acessado contas reservas de seis bancos, incluindo BMP e Credsystem, através da C&M. A investigação revelou que um funcionário terceirizado da empresa facilitou o ataque, recebendo R$ 5 mil para compartilhar informações de acesso. Ele também confessou que receberia mais R$ 10 mil para utilizar seu terminal em benefício do esquema criminoso.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca em cinco endereços em Goiás e Pará, onde foi encontrada a chave privada para as criptomoedas. Os ativos recuperados serão alienados e os valores depositados em conta judicial. Além disso, a Justiça bloqueou R$ 32 milhões em USDT, em colaboração com a Tether. Os suspeitos enfrentam acusações de invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.