A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (18) uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), motivada por indícios de financiamento de ações que ameaçam a soberania nacional e receios de uma possível fuga do ex-mandatário. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e incluiu mandados de busca e apreensão em Brasília, onde foram encontrados valores em espécie e documentos relevantes para a investigação.
As medidas cautelares impostas ao ex-presidente incluem o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação, especialmente com seu filho, Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos. Investigadores afirmam que as restrições visam evitar que Bolsonaro busque abrigo em embaixadas, como ocorreu em 2023, após sua derrota nas eleições. Fontes da PF indicam que o ex-presidente é considerado uma figura central nas articulações que levaram a sanções contra o Brasil, ligadas a aliados nos EUA.
Além disso, Bolsonaro já enfrenta uma ação penal no STF relacionada a uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou alegações finais pedindo sua condenação por crimes como associação criminosa e golpe de Estado. A operação desta sexta-feira não resultou em prisão, mas em medidas cautelares que visam garantir a ordem pública e a investigação em andamento.