A Polícia Federal realizou uma operação nesta sexta-feira (18) que resultou em medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de acesso às redes sociais. A decisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, a partir de um mandado da Polícia Federal com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Bolsonaro é investigado por crimes como coação no curso do processo e obstrução da Justiça.
Parlamentares de diferentes espectros políticos reagiram à decisão. A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) afirmou que Bolsonaro "está pagando o preço por ser um traidor da pátria". Por outro lado, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), considerou a medida injusta, alegando que não há provas concretas contra o ex-presidente e que as restrições são uma tentativa de silenciar sua voz.
Outros deputados também se manifestaram, com críticas à decisão do Judiciário. O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) classificou a situação como uma "caça às bruxas", enquanto o Coronel Tadeu (PL-SP) afirmou que as medidas são inaceitáveis em uma democracia. O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) alertou para uma possível ruptura institucional, afirmando que as ações contra Bolsonaro configuram uma "ditadura escancarada".
A repercussão das medidas cautelares continua a gerar debates acalorados nas redes sociais e no Congresso, com apelos por uma resposta institucional contra o que muitos consideram um abuso de poder. A situação permanece em desenvolvimento, com novas manifestações e posicionamentos previstos nos próximos dias.