A Polícia Federal executou nesta sexta-feira (18) uma operação que resultou na imposição de medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As restrições incluem o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de acesso às redes sociais. A decisão foi respaldada pelo Supremo Tribunal Federal, a partir de um mandado da PF e parecer favorável da Procuradoria-Geral da República.
Bolsonaro é alvo de investigações por supostos crimes de coação no curso do processo, obstrução da Justiça e ataque à soberania nacional. A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) comentou a situação, afirmando que o ex-presidente "está pagando o preço por ser um traidor da pátria". Por outro lado, o líder do Partido Liberal na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), criticou a decisão, alegando que não há provas concretas contra Bolsonaro.
As reações entre os parlamentares foram polarizadas. Enquanto alguns, como a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), consideraram as medidas como um passo necessário para responsabilizar o ex-presidente, outros, como o deputado Coronel Tadeu (PL-SP), classificaram as ações como autoritárias e ilegais. O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) enfatizou que a situação representa uma ruptura institucional, alertando para os riscos que isso traz à democracia brasileira.
A situação continua a gerar debates acalorados nas redes sociais e entre os representantes políticos, com apelos por uma resposta do Congresso e da sociedade civil diante do que muitos consideram uma perseguição política. A reportagem segue em atualização.