A Polícia Federal (PF) prendeu, na última terça-feira (22), Renato Machado, de 30 anos, apontado como um dos líderes de um esquema de tráfico internacional de drogas que operava a partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A investigação, que durou dois anos, revelou que a quadrilha trocava etiquetas de bagagens para despachar malas com cocaína para a Europa, utilizando os nomes de passageiros inocentes.
Renato, que não era funcionário do aeroporto, exercia influência sobre as escalas de trabalho e coordenava a logística dos envios. Segundo o delegado Felipe Lavareda, Renato não aparecia nas imagens de segurança e não manipulava as malas, mas se comunicava frequentemente com outros membros do grupo, o que facilitou a identificação dos envolvidos e a montagem do organograma da quadrilha.
O caso ganhou notoriedade internacional em março de 2023, quando duas brasileiras foram presas no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, com 40 quilos de cocaína em malas que, segundo elas, não pertenciam a elas. As investigações mostraram que as etiquetas das bagagens foram trocadas por funcionários do aeroporto, confirmando a versão das acusadas. Além de Renato, outros treze suspeitos foram detidos, incluindo funcionários do aeroporto que admitiram estar cientes do tráfico e de que receberiam quantias significativas pelo serviço.