A Polícia Federal (PF) revelou que R$ 541 milhões desviados em um ataque hacker ao sistema financeiro foram, em grande parte, convertidos em criptomoedas para dificultar o rastreamento. A investigação, divulgada pela CNN Brasil, aponta que os criminosos utilizaram técnicas avançadas de negociação de criptoativos para lavar o dinheiro.
Na quarta-feira (16), dois suspeitos especializados em operações com criptomoedas foram presos. Durante a ação, a PF apreendeu armas, equipamentos eletrônicos e a chave privada de uma carteira digital, resultando na recuperação de R$ 5,5 milhões em criptoativos, que foram transferidos para a custódia do Ministério Público de São Paulo.
A ofensiva faz parte da Operação Magna Fraus, que visa desarticular um esquema de fraudes que explorou brechas no sistema que conecta instituições financeiras ao PIX, permitindo o desvio de mais de R$ 500 milhões em apenas três horas. A investigação teve início após a prisão de um operador de TI da empresa C&M Software, que confessou ter vendido suas credenciais de acesso ao sistema por R$ 15 mil.
Desde o início das investigações, as autoridades bloquearam cerca de R$ 32 milhões em contas e ativos. A PF continua a busca por outros integrantes da organização criminosa, que é investigada por crimes como invasão de dispositivos informáticos, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Durante a operação, foram cumpridos mandados de prisão e busca em Goiás e Pará, mas os nomes dos investigados não foram divulgados.