A Polícia Civil de São Paulo investiga uma série de ataques a ônibus que ocorreram entre maio e julho, com 191 boletins de ocorrência registrados, em contraste com os 579 ataques notificados pelas empresas de transporte à SPTrans. O delegado Fernando Santiago, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), destacou que três concessionárias concentram cerca de 50% das ocorrências: Mobibrasil (40), Transpass (28) e Viação Grajaú (26). A repetição dos alvos sugere uma possível motivação orquestrada por trás dos atos criminosos.
Desde o início da onda de ataques, a Zona Sul de São Paulo se destacou como a área mais afetada, com 85 ocorrências, seguida pela Zona Oeste (65). O relatório do Deic também revelou que 70% dos ataques ocorreram nas quintas, sextas e sábados. Apesar do número elevado de ataques, a quantidade de boletins de ocorrência registrados é considerada baixa, uma vez que o registro não é obrigatório, mas apenas orientado para as empresas.
Até o momento, três homens foram presos e um adolescente apreendido, mas a polícia ainda não conseguiu identificar a motivação exata para os atos de vandalismo. O delegado Santiago enfatizou a importância do mapeamento das ocorrências para identificar padrões e conexões entre os suspeitos, indicando que as ações podem ser parte de uma estratégia criminosa mais ampla.