A Polícia Civil de São Paulo, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), intensifica as investigações sobre um ataque hacker que resultou no desvio de valores milionários de instituições financeiras. O crime, considerado o maior golpe cibernético já registrado no Brasil, ocorreu na terça-feira (1º) e teve como alvo a empresa C&M Software, homologada pelo Banco Central e responsável por conectar instituições financeiras ao sistema de pagamentos do país.
Na quinta-feira (3), um dos suspeitos, identificado como João Nazareno Roque, foi preso. Ele atuava como operador de TI na C&M Software e, segundo a polícia, forneceu acesso ao sistema da empresa para os hackers em troca de R$ 15 mil. O acesso indevido permitiu o desvio de recursos depositados em contas reservas mantidas no Banco Central, sendo que apenas a instituição BMP, cliente da C&M, registrou um prejuízo de R$ 541 milhões.
Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (4), as autoridades informaram que a investigação está em andamento e que uma conta com R$ 270 milhões, utilizada para receber o dinheiro desviado, já foi bloqueada. A C&M Software declarou que está colaborando com as investigações e que tomou todas as medidas necessárias após o incidente. A Polícia Civil ainda não divulgou o nome de todas as instituições afetadas, mas garantiu que nenhuma pessoa física foi vítima do ataque.