A Polícia Civil de Goiás (PCGO) iniciou uma investigação sobre possíveis irregularidades no repasse de R$ 1,8 milhão em emendas impositivas destinadas ao Instituto VIDA. Os pagamentos, realizados em 2024 pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), estão sendo analisados no âmbito da "Operação Picadeiro", que cumpre cinco mandados de busca e apreensão em Goiânia.
As emendas, de autoria do vereador Sargento Novandir (MDB) e do ex-vereador Leandro Sena (SD), foram direcionadas a duas instituições do mesmo grupo, conforme a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. Novandir destinou R$ 1,5 milhão ao "INST VIDA GESTÃO AMB E MUN", enquanto Sena alocou R$ 339,2 mil ao "INST VIDA GESTÃO AMB CULT EDUC". Até o momento, apenas o pagamento referente à emenda de Sena foi confirmado pela PCGO, que também declarou que ambas as emendas foram efetivamente pagas.
Em resposta à investigação, o vereador Novandir afirmou que irá verificar a situação da instituição e que, caso sejam encontradas irregularidades, mudará a destinação dos recursos. A assessoria do vereador ressaltou que não compactua com atividades ilícitas. O Instituto VIDA, fundado em 2009, se apresenta como uma Organização da Sociedade Civil voltada para projetos sociais e culturais, mas a polícia não encontrou indícios de capacidade técnica ou operacional para justificar os repasses.
A PCGO destacou que os projetos apresentados pelo instituto não continham a documentação necessária, como parecer técnico e prestação de contas, o que levanta suspeitas sobre a execução dos serviços. A investigação segue em andamento, e o espaço permanece aberto para manifestações dos envolvidos.
