A Polícia Civil da Paraíba iniciou uma investigação sobre um mutirão oftalmológico realizado no Hospital de Clínicas de Campina Grande, que ocorreu em 15 de maio de 2025. Até o momento, 45 pessoas foram ouvidas no inquérito, que visa apurar denúncias de complicações enfrentadas por pacientes após os procedimentos. A ação, promovida em parceria com a Fundação Rubens Dutra, atendeu 64 pessoas, das quais 29 relataram problemas, incluindo dores intensas e infecções oculares.
Após o mutirão, sete pacientes necessitaram de cirurgias e alguns chegaram a relatar perda de visão. A coleta de depoimentos está sendo dificultada pela idade avançada de alguns pacientes e pela distância de suas residências em relação a Campina Grande. A Polícia Civil não divulgou detalhes sobre os depoimentos já realizados, mas confirmou que mais pessoas serão ouvidas.
Além das complicações relatadas, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) informou que parte dos medicamentos utilizados durante o mutirão estava vencida. Ao menos seis dos trinta frascos de medicação estavam abertos e fora do prazo de validade. A Fundação Rubens Dutra, por sua vez, nega a utilização de medicamentos vencidos e iniciou um processo de busca ativa pelos pacientes afetados.
Diante da gravidade da situação, o diretor do Hospital de Clínicas registrou um boletim de ocorrência e a SES-PB instaurou uma investigação para apurar os fatos. O caso gerou preocupação e repercussão nas redes sociais, levando a um aumento na busca por informações sobre os procedimentos realizados durante o mutirão.