Uma mulher de 33 anos foi indiciada pela Polícia Civil por exercício ilegal da profissão de psicóloga e falsidade ideológica em Porto Alegre, Guaíba e Canoas. O inquérito, que foi remetido nesta terça-feira (22), revela que a suspeita cobrava cerca de R$ 130 por consultas, apresentando-se como especialista em neurodivergências, como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). No entanto, ela não possui formação na área e utilizava o registro profissional de uma psicóloga de Ivoti, que desconhecia a fraude.
O delegado Fábio Motta Lopes informou que a mulher optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento. Apesar da gravidade dos crimes, não foi solicitado pedido de prisão, uma vez que as penas previstas são inferiores a quatro anos. "Se coubesse, eu ia ser o primeiro a representar pela prisão dela", afirmou Lopes.
Além do indiciamento, a suspeita é alvo de um segundo inquérito, onde pelo menos 85 vítimas foram identificadas. A investigação, conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente, revelou a existência de documentos que comprovam a atuação ilegal da mulher, incluindo recibos e uma agenda de atendimentos. A Polícia Civil orienta que possíveis vítimas registrem ocorrência na delegacia mais próxima ou na Delegacia Online.