O jogador Lamine Yamal, do Barcelona, se tornou alvo de uma controvérsia após contratar animadores com nanismo para sua festa de aniversário, onde eles serviram bebidas e realizaram truques de mágica. A Associação de Pessoas com Acondroplasia e Outras Displasias com Nanismo (ADEE) denunciou Yamal, alegando que a prática perpetua estereótipos e discriminação contra pessoas com deficiência, violando uma lei espanhola que proíbe espetáculos que desonram essas pessoas. O Ministério Público da Espanha está investigando o caso.
Em resposta à polêmica, animadores envolvidos na festa afirmaram que não se sentiram desrespeitados e que estavam exercendo seu trabalho de forma legal. A discussão sobre a contratação de pessoas com nanismo para entretenimento também ressoou no Brasil, onde profissionais da área comentaram sobre a prática. A atriz Juliana Caldas defendeu que, se realizada com respeito, a atividade é válida, mas a investigação sobre o caso de Yamal é necessária para discutir o capacitismo.
O humorista Gigante Leo expressou sua preocupação com a percepção social em relação ao trabalho de pessoas com nanismo, questionando por que esse tipo de entretenimento ainda é considerado aceitável. Ele ressaltou que, embora não haja consenso entre as associações que representam essas pessoas, ele pessoalmente não se sente confortável com esse tipo de atuação. Por sua vez, a sambista Viviane de Assis afirmou que a contratação não é problemática, desde que não haja ridicularização, sugerindo a necessidade de regulamentação para garantir o respeito no trabalho.