O Cajueiro de Pirangi, reconhecido como o maior cajueiro do mundo e um ícone turístico do Rio Grande do Norte, passará por uma poda a partir de agosto deste ano, conforme determinação judicial. A decisão, que atende a pedidos de moradores e comerciantes da região, foi emitida em 2024 e está em fase de execução, segundo o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado (Idema).
Com uma extensão de aproximadamente 10 mil metros quadrados, o cajueiro possui 1.200 metros de galhos que se estendem para fora da área cercada, ocupando ruas e espaços próximos a residências e comércios no distrito de Pirangi, em Parnamirim. Uma audiência pública foi realizada na Câmara Municipal para discutir os detalhes da poda, e novas reuniões estão previstas para definir a extensão do corte, que pode levar até seis meses e custar cerca de R$ 200 mil.
Especialistas estão divididos sobre os impactos da poda. Enquanto o diretor técnico do Idema, Thales Dantas, defende a medida como necessária para a saúde da planta, a bióloga Mica Carboni alerta que a poda pode ser prejudicial, podendo causar o envelhecimento ou até a morte do cajueiro. A árvore, que tem 136 anos, se expandiu ao longo do tempo, criando raízes a partir de galhos que tocaram o chão, um processo que contribui para seu rejuvenescimento.
A discussão sobre a poda do cajueiro reflete a preocupação com a preservação do patrimônio natural e cultural da região, e as próximas etapas do processo dependerão de análises técnicas e do parecer do Idema, que será enviado à Justiça.