Os policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, acusados de matar o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta em uma abordagem policial em novembro de 2022, solicitaram uma medida protetiva contra o pai da vítima, Julio Cesar Acosta Navarro. O pedido foi protocolado na última sexta-feira (25) e ainda aguarda análise da Justiça.
A defesa dos policiais alega que, durante a audiência de instrução em julho, Julio Cesar teria ofendido e tentado agredir Guilherme, o que motivou a solicitação. Em resposta, o médico expressou sua revolta ao receber a notificação, questionando a legitimidade da ação e criticando a imagem da Polícia Militar diante do caso.
Marco Aurélio, de 22 anos, foi morto com um tiro à queima-roupa durante uma abordagem na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, em 20 de outubro de 2022. A confusão teve início quando o estudante, que estava hospedado em um hotel, deu um tapa no retrovisor da viatura dos policiais e tentou fugir. A situação foi registrada por câmeras de segurança, mostrando a perseguição e o momento do disparo.
Os advogados que representam a família de Marco Aurélio criticaram a estratégia da defesa dos policiais, considerando-a uma tentativa de desviar o foco do assassinato e uma forma de intimidação. O caso continua a ser investigado, enquanto a dor da família permanece evidente após a perda trágica do jovem estudante.