Dois policiais militares foram presos em flagrante após a execução de Igor Oliveira de Morais Santos, de 24 anos, durante uma abordagem em Paraisópolis, na última quarta-feira (9). As prisões ocorreram após a análise de imagens de câmeras corporais que mostraram os PMs atirando no jovem, que já estava dominado. O coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, classificou a ação como "ilegal e não legítima".
Os policiais, que pertencem ao 16.º Batalhão, são conhecidos por seu histórico de confrontos. O Ministério Público confirmou que as imagens evidenciam a execução, e a corregedoria da corporação já tomou medidas disciplinares contra os envolvidos. Embora os nomes dos PMs não tenham sido divulgados, a defesa de um deles argumentou que a análise das imagens não reflete a percepção do policial no momento da ação.
Após a morte de Igor, a comunidade de Paraisópolis registrou protestos, com barricadas e bloqueios nas avenidas próximas. Moradores relataram um clima de medo e dificuldades para acessar suas casas devido ao reforço policial na área. A PM informou que a presença de agentes será intensificada nos próximos dias, mas não forneceu detalhes sobre as operações. O coronel Massera afirmou que a situação é complexa e que a corporação busca resgatar a cidadania dos moradores, apesar das dificuldades enfrentadas na região.