Na última quarta-feira, 19 de julho, o investigador da Polícia Civil Rafael Moura da Silva faleceu após ser baleado por um policial militar da Rota durante uma operação na favela do Fogaréu, no Campo Limpo, em São Paulo. Rafael, que foi atingido por três tiros no dia 11 de julho, estava internado há três dias antes de sua morte. O incidente ocorreu enquanto as equipes da Rota e da Polícia Civil realizavam buscas simultâneas por suspeitos de latrocínio, sem conhecimento da presença uma da outra.
O programa Fantástico teve acesso exclusivo às imagens da câmera corporal do policial militar envolvido no incidente. A família de Rafael clama pela divulgação dessas imagens, destacando que ele era um exemplo de dedicação à comunidade e que ser policial era seu sonho desde a infância. A esposa de Rafael, Kátia Santos Dias, expressou sua preocupação ao relatar que ele não atendeu suas chamadas no dia da tragédia.
A defesa do sargento Marcus Augusto, responsável pelos disparos, argumenta que Rafael estava à paisana e que o PM agiu em legítima defesa, acreditando estar diante de uma ameaça. No entanto, imagens gravadas por outro policial civil mostram que o distintivo de Rafael estava visível antes do tiroteio. A Justiça de São Paulo determinou o afastamento cautelar de Marcus Augusto e de outro policial da Rota, Robson Santos Barreto, que estava presente na operação, embora não tenha disparado.
Em resposta ao incidente, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que a comunicação entre as forças policiais deve ser investigada, ressaltando a complexidade da operação e a necessidade de apuração do contexto em que os eventos se desenrolaram.