A bancada do PL no Congresso Nacional se reuniu em caráter de emergência na sexta-feira (18) para discutir a operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante a reunião, os parlamentares decidiram solicitar ao presidente da Câmara, Hugo Motta, e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a suspensão do recesso legislativo, visando a aprovação de medidas contra o que consideram abusos do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ata da reunião inclui a recomendação de que o presidente da Câmara convoque uma reunião urgente da Mesa Diretora para deliberar sobre o desequilíbrio entre os Poderes e a politização do Judiciário. Apesar da solicitação, Alcolumbre já se manifestou a favor da manutenção do recesso, enquanto Motta ainda não se posicionou. Os parlamentares do PL planejam retornar a Brasília na segunda-feira (21) para uma reunião presencial, mesmo durante o recesso.
Além disso, o PL propôs a convocação emergencial das comissões de Segurança Pública da Câmara e do Senado para aprovar uma moção de louvor a Bolsonaro. A Comissão de Segurança do Senado é presidida por Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, e a da Câmara por Paulo Bilynskyj, ambos do PL. Os parlamentares também planejam convocar a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, presidida por Filipe Barros.
Após a reunião, os membros do PL leram uma carta em repúdio à operação da PF e convocaram manifestações populares em apoio a Bolsonaro. O deputado Coronel Chrisóstomo fez um apelo velado por intervenção militar, enquanto a senadora Damares Alves destacou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como uma nova liderança conservadora. O ex-presidente, por sua vez, está sob medidas restritivas determinadas pelo STF, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação.