Cinco pinguins foram encontrados mortos em praias do Rio de Janeiro nesta terça-feira (30), evidenciando os desafios enfrentados por essas aves durante a migração da Patagônia Argentina em busca de águas mais quentes. A chegada dos pinguins ao litoral carioca é comum no inverno, mas muitos chegam debilitados, com perda de peso e problemas de saúde devido à longa jornada.
Para auxiliar na recuperação dos animais, o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do ISBIO, vinculado à Universidade Santa Úrsula, oferece um tratamento intensivo. Em um ambiente aquecido a quase 30 graus, com luz infravermelha e acompanhamento veterinário, os pinguins recebem cuidados semelhantes aos de uma incubadora neonatal, conforme explica Bruno Meurer, biólogo e coordenador do centro.
A espécie mais comum encontrada nas praias cariocas é o pinguim-de-Magalhães, que, apesar de viver em regiões frias, não habita áreas cobertas de gelo. Após um período de estabilização na UTI, os pinguins são transferidos para um “berçário”, onde recebem alimentação adaptada às suas condições. A equipe do centro enfatiza que, ao encontrar um pinguim debilitado, a população deve evitar o contato e acionar as autoridades competentes para o resgate adequado dos animais.