Um estudo publicado na revista Nature Communications: Earth & Environment revela que a população de pinguins-imperadores, a maior espécie de pinguim do mundo, diminuiu 22% nos últimos 15 anos, superando as previsões anteriores que estimavam uma queda inferior a 10%. A pesquisa, conduzida pelo British Antarctic Survey (BAS), destaca que o avanço das mudanças climáticas tem afetado diretamente o habitat da espécie na Antártida.
Os pinguins-imperadores, classificados como "quase ameaçados" pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), enfrentam riscos principalmente devido ao colapso ambiental causado pelo aquecimento global. A pesquisa utilizou imagens de satélite de 16 colônias na Antártida, que representam cerca de um terço da população total, e constatou que o aumento das chuvas e o afinamento do gelo marinho têm levado à perda de filhotes, que não sobrevivem ao frio extremo.
Os cientistas alertam para a possibilidade de extinção total da espécie até o final do século, a menos que haja uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa. Embora a migração em busca de áreas mais estáveis seja uma alternativa considerada, os especialistas afirmam que essa estratégia pode não ser suficiente para garantir a sobrevivência dos pinguins-imperadores. "Se reduzirmos drasticamente nossas emissões, podemos salvar a espécie", concluem os pesquisadores.