A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) acusando o general da reserva Walter Braga Netto de coordenar ações golpistas após as eleições de 2022. Ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, Braga Netto é apontado como figura central em um esquema que visava desestabilizar a democracia brasileira.
De acordo com o documento assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, Braga Netto manteve contato direto com manifestantes e articulou ações clandestinas com militares alinhados ao governo. A PGR afirma que ele teve um papel crucial na mobilização da base bolsonarista, incentivando os protestos e promovendo um clima de instabilidade institucional.
As acusações incluem a participação de Braga Netto no planejamento de ações violentas e na disseminação de desinformação para justificar um golpe de Estado. A PGR destaca que o ex-ministro esteve envolvido nos eventos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em ataques a instituições democráticas em Brasília.
Com base nas evidências apresentadas, a Procuradoria pede a condenação de Braga Netto por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.