O delegado da Polícia Federal, Fabio Shor, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (22 de julho de 2025) que as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 continuam, com o objetivo de identificar outros participantes. Durante uma audiência relacionada à Ação Penal 2696, Shor destacou que a corporação já possui informações sobre os envolvidos, mas ainda busca identificar aqueles que atuaram no campo operacional da ação.
A declaração do delegado ocorreu enquanto ele respondia a perguntas da defesa de Wladimir Matos Soares, um dos réus do caso. Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), Soares e seu grupo são acusados de realizar ações de monitoramento e pressão sobre autoridades, visando manter Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva.
Shor também confirmou a existência de um esquema de monitoramento de autoridades, que incluía planos para prender o ministro Alexandre Moraes e ações contra o então candidato eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro de 2022. Além de Wladimir Matos Soares, o grupo é composto por nove militares do Exército, incluindo coronéis e um general da reserva, todos envolvidos nas atividades ilícitas apontadas pela investigação.