A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) realizaram a prisão de dois suspeitos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a fraudes eletrônicas, que causaram prejuízos significativos a instituições financeiras. A operação, denominada Magna Fraus, ocorreu nos dias 15 e 16 de outubro e resultou na recuperação de R$ 5,5 milhões em criptoativos. Os investigados são acusados de participar de um ataque hacker à C&M Software, ocorrido em 1.º de julho, que permitiu o desvio de mais de R$ 500 milhões de contas bancárias operacionais.
De acordo com as investigações, os hackers utilizaram a C&M Software, responsável por interligar instituições financeiras ao sistema do Banco Central, para acessar contas reservas de pelo menos seis bancos, incluindo BMP e Credsystem. Um funcionário terceirizado da empresa foi preso e confessou ter facilitado o ataque ao compartilhar credenciais de acesso em troca de R$ 15 mil, pagos em espécie por motoboy.
As ordens judiciais da operação foram expedidas a pedido do CyberGaeco, que investiga fraudes eletrônicas. Além dos criptoativos recuperados, a Justiça bloqueou R$ 32 milhões em USDT, em colaboração com a Tether, e apreendeu dinheiro em espécie, veículos e armas. Os suspeitos responderão por invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.