A Polícia Federal (PF) finalizou a análise do pen drive apreendido na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, concluindo que o dispositivo não possui arquivos úteis para a investigação em andamento. A perícia foi concluída na segunda-feira, 21 de julho de 2025, após o pen drive ter sido encontrado durante uma operação policial autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira, 18 de julho.
A operação visava cumprir mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro e em endereços associados ao Partido Liberal (PL). A investigação apura possíveis tentativas de coação à Justiça por parte de Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado. Durante a ação, a PF também apreendeu R$ 8.000 e US$ 14.000 em espécie, além de documentos relacionados a um processo judicial nos Estados Unidos contra Moraes.
Bolsonaro, que se declarou ignorante sobre a origem do pen drive, afirmou que nunca havia utilizado um antes e expressou preocupação com a situação. Ele é réu em um processo no STF que investiga sua possível participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022, e enfrenta acusações que podem resultar em penas superiores a 40 anos de prisão. A defesa do ex-presidente manifestou indignação com as medidas cautelares impostas e afirmou que ainda não teve acesso completo à decisão judicial.