Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta de 2,82% nesta sexta-feira, 11 de agosto, recuperando perdas anteriores. O aumento foi impulsionado por tensões geopolíticas no Oriente Médio e expectativas sobre a política comercial dos Estados Unidos. O petróleo WTI para agosto foi negociado a US$ 68,45 o barril, enquanto o Brent para setembro subiu 2,51%, atingindo US$ 70,36 o barril.
A Agência Internacional de Energia (AIE) cortou suas projeções para a demanda global de petróleo, destacando estoques baixos e tensões de oferta. Além disso, a Arábia Saudita foi mencionada por produzir acima da cota estabelecida pela Opep+, embora o país tenha contestado essa informação, afirmando estar dentro dos limites.
Analistas do Commerzbank indicaram que a produção dos EUA não deve crescer significativamente nos próximos meses devido à redução na atividade de perfuração, o que pode limitar a oferta e sustentar os preços globais. As tensões no Oriente Médio aumentaram após ataques de rebeldes houthis a embarcações no Mar Vermelho, gerando preocupações sobre a segurança em rotas comerciais essenciais.
Apesar da alta nos preços, a consultoria Capital Economics alerta para um cenário frágil, prevendo um superávit no mercado devido ao aumento da produção pela Opep+ e uma demanda estagnada, especialmente nos EUA e na Europa. A projeção é de que o preço do Brent caia para US$ 60 em 2025 e para US$ 50 em 2026.