Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão em alta nesta segunda-feira, 28, impulsionados por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a redução do prazo para que a Rússia chegue a um acordo de trégua com a Ucrânia. O novo prazo, segundo Trump, será de 10 a 12 dias, e caso não haja progresso, o presidente americano ameaçou impor sanções secundárias a Moscou. A alta dos preços também foi sustentada por um acordo entre os EUA e a União Europeia, além de uma reunião entre autoridades americanas e chinesas em Estocolmo.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro registrou um aumento de 2,37%, fechando a US$ 66,71 o barril. O Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve uma alta de 2,45%, alcançando US$ 69,32 o barril. A movimentação nos mercados reflete a preocupação com a possibilidade de novas sanções que poderiam restringir os fluxos de energia da Rússia, elevando os preços globais.
Em resposta às declarações de Trump, o vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, classificou o ultimato como uma "ameaça rumo à guerra". A Rússia já havia tomado medidas para restringir as exportações de gasolina até o final de agosto, visando atender à demanda interna, após interrupções causadas por ataques de drones e sanções ocidentais.
Além disso, a Casa Branca anunciou que a União Europeia deve investir US$ 600 bilhões nos Estados Unidos durante o mandato de Trump e adquirir US$ 750 bilhões em energia americana até 2028. O painel da Opep+ também destacou a importância do cumprimento dos cortes de produção acordados entre os países membros, em um contexto de crescente volatilidade nos preços do petróleo.