Os contratos futuros de petróleo registraram queda nesta terça-feira, 21 de outubro, prolongando as perdas observadas nas duas sessões anteriores. O recuo é atribuído às incertezas em torno das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impactam a demanda global pela commodity. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro caiu 0,97%, fechando a US$ 65,31 o barril. O Brent, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve uma queda de 0,89%, encerrando a US$ 68,59 o barril.
As tensões comerciais entre os EUA e outros países, como as Filipinas, estão no centro das preocupações. Trump anunciou um acordo comercial com o país asiático, que inclui tarifas de 19%. Enquanto isso, o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, confirmou que as negociações entre Washington e Pequim continuarão na próxima semana. Na Europa, o governo francês pressiona a União Europeia a aumentar a pressão sobre os EUA, à medida que as negociações se aproximam do fim sem um acordo claro.
Analistas da Ritterbusch alertam para um aumento considerável nos estoques de petróleo, impulsionado pela produção crescente da Opep+. Este cenário, aliado às tarifas americanas, pode impactar ainda mais o mercado, mesmo que as tarifas sejam adiadas ou atenuadas. Wael Makarem, da Exness, destaca que a volatilidade dos preços do petróleo deve persistir devido às preocupações com a demanda global, exacerbadas pelas tensões comerciais que geram receios de uma desaceleração econômica e reduzem as expectativas de consumo de combustível. Uma pausa nos aumentos de produção da Opep+ no final do ano pode ajudar a mitigar riscos adicionais de queda nos preços.