Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão em queda nesta sexta-feira, 18 de agosto, revertendo os ganhos registrados pela manhã e confirmando uma desvalorização semanal. A queda foi impulsionada pela decisão da União Europeia e do Reino Unido de reduzir o teto de preços do petróleo bruto produzido na Rússia, que contrasta com sinais de demanda aquecida no verão do Hemisfério Norte.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro caiu 0,27%, fechando a US$ 66,05 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para o mesmo mês recuou 0,34%, a US$ 69,28 o barril. Ao longo da semana, o WTI e o Brent apresentaram quedas de 3,50% e 1,53%, respectivamente.
A redução do teto de preços para o petróleo russo, de US$ 60 para US$ 47,60 por barril, faz parte de uma nova rodada de sanções econômicas contra o Kremlin, em meio à crescente pressão dos Estados Unidos para que a Rússia encerre a guerra na Ucrânia. O presidente americano, Donald Trump, anunciou que poderá impor tarifas secundárias de 100% sobre países que continuarem a importar energia russa, caso não haja um acordo de paz em 50 dias.
Apesar das sanções, os preços do petróleo mostraram pouca variação nesta semana, segundo a consultoria Capital Economics, que acredita que o mercado não confia na eficácia das medidas. O Commerzbank alerta que, no curto prazo, os preços podem enfrentar pressão crescente devido ao aumento da oferta da Opep+ e à desaceleração da demanda, embora os riscos relacionados à oferta sejam considerados mais significativos do que os da demanda, devido a tarifas e sanções.