Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão em baixa nesta segunda-feira, 14 de agosto, refletindo a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à Rússia. As ameaças de Trump de impor tarifas aos compradores de energia russos geraram preocupações no mercado, especialmente em meio à continuidade do conflito na Ucrânia, sem avanços diplomáticos visíveis.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto caiu 0,77%, fechando a US$ 66,98 o barril. O Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), registrou uma queda de 1,63%, sendo cotado a US$ 69,21 o barril. Trump anunciou que tarifas secundárias sobre a Rússia poderiam chegar a 100% caso não haja um acordo de cessar-fogo na Ucrânia nos próximos 50 dias.
Durante um encontro com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, Trump reafirmou a possibilidade de aplicar tarifas severas à Rússia e reiterou o compromisso dos EUA em apoiar militarmente a Ucrânia. Ele expressou descontentamento com o presidente russo, Vladimir Putin, e criticou os altos custos da guerra, que, segundo ele, já somam US$ 315 bilhões.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, esclareceu que a ameaça de tarifas secundárias se trata de uma sanção econômica, e não de uma sanção técnica. Especialistas da Capital Economics alertam que, se Trump cumprir sua ameaça, a redução nos fluxos de energia da Rússia poderá elevar os preços globais de energia, especialmente do gás natural, dependendo da resposta da Opep+ ao déficit de suprimentos.