A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou na noite da última terça-feira (29) um aumento de 7,6% na produção de petróleo entre abril e junho de 2023, em comparação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento é atribuído ao avanço operacional de novas plataformas, apesar das paradas programadas e do declínio em campos maduros. A produção total de óleo e gás natural, tanto no Brasil quanto no exterior, alcançou uma média diária de 2,91 milhões de barris de óleo equivalente (boed), representando um aumento de 7,8% em relação ao segundo trimestre de 2022.
No Brasil, a estatal produziu uma média de 2,32 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no segundo trimestre, um crescimento em relação aos 2,16 milhões de bpd registrados no mesmo período do ano passado. Comparado ao primeiro trimestre de 2023, a produção de petróleo aumentou 4,8%. O campo de Tupi continua sendo o maior produtor do país, apesar de seu declínio gradual.
Analistas da XP Investimentos destacam que a Petrobras deve manter a tendência de aumento na produção nos próximos trimestres, especialmente com a entrada em operação de novos FPSOs, como o P-78, que deve iniciar suas atividades no segundo semestre. A Genial Investimentos também avaliou positivamente os dados, ressaltando que a empresa alcançou um novo recorde de produção, superando as expectativas para 2025.
Por outro lado, o Bradesco BBI e o Itaú BBA alertam que, embora os resultados operacionais sejam sólidos, a pressão de preços mais baixos do petróleo pode impactar as finanças da empresa. O Bradesco manteve suas estimativas de Ebitda e dividendos, enquanto o Itaú BBA observa que o cenário macroeconômico pode pesar sobre os resultados financeiros da Petrobras, que serão divulgados em 7 de agosto.