Uma pesquisa realizada pela Quaest e divulgada nesta sexta-feira, 4 de julho de 2025, aponta que 61% das menções nas redes sociais sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foram críticas direcionadas ao Legislativo. Em contrapartida, apenas 11% das menções atacaram o governo, enquanto 28% foram consideradas neutras. A análise abrangeu 4,4 milhões de menções nas principais plataformas digitais entre 24 de junho e 4 de julho, alcançando uma média de 32 milhões de contas por hora.
O aumento das críticas ao Congresso se intensificou após a votação contra a elevação do IOF em 25 de junho, com a hashtag #InimigosDoPovo aparecendo em mais de 300 mil menções. Esta semana, o foco das críticas se voltou para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que foi mencionado em 8% das publicações. O volume médio de menções sobre o tema superou outros episódios políticos recentes, como o escândalo de fraudes no INSS e o inquérito sobre a tentativa de golpe de 2022.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi citado em 15% das postagens sobre o conflito, com 45% das menções apresentando tom positivo. O estudo também revelou que os parlamentares governistas foram mais ativos nas redes sociais, com 119 congressistas realizando 741 publicações, enquanto a oposição fez 378 posts. Apesar do equilíbrio nas curtidas e comentários, a participação da oposição no debate atual foi inferior ao que foi observado durante crises anteriores, indicando uma mobilização ativa da base governista para tensionar a relação com o Legislativo.