As perdas pós-colheita representam um dos principais desafios da agricultura moderna, impactando a segurança alimentar em um cenário de recursos naturais limitados. Um estudo da FAO, realizado em 2009, aponta que a produção de alimentos deve crescer 70% até 2050 para atender à demanda global. Nesse contexto, a mitigação das perdas durante o armazenamento de grãos se torna essencial.
Anualmente, mais de dois bilhões de toneladas de grãos são produzidos mundialmente, com perdas estimadas em 24% na cadeia produtiva, sendo que países desenvolvidos apresentam perdas de 1 a 2%, enquanto países em desenvolvimento podem sofrer perdas de até 50%. Fatores como pragas, fungos e condições ambientais contribuem para esse desperdício, que pode chegar a 100% em estruturas inadequadas de armazenagem.
Além de afetar a economia, as perdas pós-colheita têm consequências ambientais significativas, contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa e o desperdício de recursos naturais. A implementação de infraestrutura adequada para o armazenamento de grãos é crucial para minimizar essas perdas e garantir a segurança alimentar, preservando os recursos utilizados na produção agrícola.
Com cerca de 40% da superfície terrestre dedicada à agricultura e pastagens, a produção agropecuária é a principal forma de uso da terra. A redução das perdas pós-colheita deve ser uma prioridade, integrando-se ao planejamento agrícola para maximizar o aproveitamento dos recursos e contribuir para a sustentabilidade ambiental.