A estimativa de perdas na arrecadação do Imposto de Renda devido à isenção para rendimentos de até R$ 5.000 mensais subiu para R$ 31,3 bilhões em 2026, segundo novo parecer do deputado federal Arthur Lira (PP-AL), relator da reforma na Câmara dos Deputados. Anteriormente, a Receita Federal havia calculado uma renúncia de R$ 25,8 bilhões. O Fisco é citado como fonte para esses novos valores.
Para compensar essa perda, o governo propôs a padronização da alíquota para rendimentos acima de R$ 50.000 mensais e a implementação de uma nova cobrança sobre dividendos enviados ao exterior. O relatório de Lira indica que essas medidas devem gerar uma arrecadação de R$ 34,1 bilhões em 2026, com projeções de saldos positivos nos anos seguintes: R$ 39,2 bilhões em 2027 e R$ 39,6 bilhões em 2028.
As perdas estimadas para os municípios são de R$ 3 bilhões em 2026, enquanto os Estados devem enfrentar uma redução de R$ 1,5 bilhão. No entanto, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) alerta que as perdas podem ser ainda maiores, chegando a R$ 9,5 bilhões anuais apenas para as cidades. A reforma do Imposto de Renda é uma das prioridades do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que busca isentar a declaração de renda para brasileiros com ganhos mensais de até R$ 5.000, conforme prometido durante a campanha eleitoral.