Em meio à busca por emagrecimento rápido, especialistas alertam sobre os riscos associados a dietas extremas. A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) recomenda uma perda de peso saudável entre 0,5 kg a 1 kg por semana, destacando que valores superiores podem resultar em sérios problemas de saúde, como perda de massa magra e distúrbios metabólicos.
No Brasil, cerca de 70% das pessoas que iniciam atividades em academias desistem nos primeiros meses, evidenciando a dificuldade em manter a prática de exercícios. Um estudo com 98 pacientes em tratamento para obesidade revelou que 21% abandonaram o programa no primeiro mês e 57% em até seis meses. Fatores como a falta de resultados imediatos e dificuldades em adaptar a dieta à rotina contribuem para essas altas taxas de evasão.
Além disso, a perda de peso rápida pode causar fadiga, tontura e problemas digestivos. Dietas muito restritivas, com ingestão calórica abaixo de 1.200 kcal/dia para mulheres e 1.500 kcal/dia para homens, podem levar a deficiências nutricionais e complicações como a formação de cálculos biliares. Estudos indicam que entre 10% e 12% das pessoas em dietas de baixa caloria desenvolvem novos cálculos biliares em até 16 semanas.
Por fim, a perda agressiva de peso também resulta na diminuição da massa muscular, o que pode levar ao efeito sanfona e comprometer o metabolismo. Pesquisas sugerem que emagrecimentos lentos preservam mais a massa magra e o metabolismo basal, reforçando a importância de abordagens saudáveis e sustentáveis para a perda de peso.