Elbridge Colby, principal assessor político do Pentágono, propõe uma mudança na estratégia militar dos Estados Unidos, priorizando o combate à China em detrimento do apoio à Ucrânia. A declaração ocorre em meio a tensões crescentes entre Washington e Pequim, com Colby argumentando que o envio de armas para a Ucrânia pode comprometer os já limitados estoques militares americanos.
No início de junho, Colby enviou um memorando ao secretário de Defesa, Pete Hegseth, alertando sobre os riscos associados ao fornecimento contínuo de armamentos à Ucrânia. Embora o documento não tenha apresentado recomendações diretas, fontes do governo afirmam que sua análise influenciou a decisão do Pentágono de suspender temporariamente alguns envios de armas para Kiev, uma medida que foi posteriormente revertida pelo presidente Donald Trump.
A iniciativa de Colby reflete um esforço para cumprir promessas de fortalecer a presença militar dos EUA no Pacífico Ocidental, mesmo diante de operações militares em andamento no Oriente Médio. Em suas declarações, Colby enfatizou a necessidade de aumentar os gastos militares dos aliados, incluindo Japão e Austrália, em resposta a possíveis ameaças da China, especialmente em relação a Taiwan.
As abordagens diretas de Colby surpreenderam alguns líderes na região, uma vez que a política tradicional dos EUA tem sido de 'ambiguidade estratégica', evitando compromissos claros sobre ações em caso de um ataque chinês. A situação destaca as complexidades enfrentadas pelo governo americano em equilibrar suas prioridades militares globais.