No último sábado (19), um peixe-leão, espécie invasora e venenosa, foi capturado por um mergulhador em Taipu de Dentro, no sul da Bahia. A presença do animal, originário da região Indo-Pacífica, mobilizou instituições como UESC, IBAMA e ICMBio, que estão monitorando a situação devido ao risco que a espécie representa para a biodiversidade local e a segurança da população.
O registro do peixe-leão foi feito em um estuário, área crítica onde o rio encontra o mar, levantando preocupações sobre a possível disseminação do animal em outros ambientes costeiros do Brasil. A bióloga Stela Furlan, especializada na preservação dos recifes de Taipu de Fora, enfatizou a urgência de ações para informar a população e proteger os recifes, conforme divulgado pela organização Mergulho Consciente.
Considerado exótico e invasor, o peixe-leão não possui predadores naturais no Brasil e se reproduz rapidamente, com uma única fêmea podendo liberar até 30 mil ovos por ciclo. Adultos podem atingir 47 centímetros e possuem 18 espinhos venenosos, cujas toxinas podem causar sérios problemas de saúde em humanos, como necrose e convulsões. O Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) recomenda que qualquer pessoa que entre em contato com o animal busque atendimento médico imediatamente.
Em resposta à captura, uma força-tarefa foi iniciada com a participação de pesquisadores da Bahia. A prefeitura local também criou um guia com orientações sobre como agir em casos de avistamento ou captura do peixe-leão, recomendando que a população não toque no animal e informe as autoridades competentes sobre sua localização.