O Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitou, na última sexta-feira (18), o desbloqueio das transcrições do grande júri relacionadas ao caso de Jeffrey Epstein e sua ex-namorada, Ghislaine Maxwell. O procurador-geral adjunto Todd Blanche argumentou que a transparência é essencial para a administração, especialmente após críticas sobre a falta de novos documentos na investigação. No entanto, ex-promotores federais expressaram ceticismo quanto à relevância das informações que podem ser reveladas.
Sarah Krissoff, ex-promotora assistente em Manhattan, descreveu o pedido como uma "distração", afirmando que o presidente busca aparentar ação sem trazer novidades significativas. Joshua Naftalis, outro ex-promotor, complementou que as transcrições do grande júri são geralmente limitadas e não refletem a totalidade das investigações do FBI. Ambos preveem que as informações disponíveis não atenderão ao interesse público por novos detalhes sobre os crimes de Epstein e Maxwell.
Ghislaine Maxwell cumpre uma pena de 20 anos de prisão por tráfico sexual, enquanto Epstein morreu em sua cela em 2019, um mês após ser preso. A expectativa é que os juízes que presidiram os casos rejeitem o pedido do governo, especialmente considerando que há uma petição pendente na Suprema Corte dos EUA relacionada ao caso de Maxwell. Além disso, a proteção da identidade de várias vítimas permanece uma preocupação central na discussão sobre a liberação das transcrições.