O pau-brasil, árvore símbolo do Brasil, enfrenta um dilema entre sua preservação e a tradição musical. Desde 2023, a extração e o comércio dessa madeira, essencial para a fabricação de arcos de instrumentos de corda, estão severamente regulados devido a decisões do IBAMA e acordos internacionais de proteção ambiental. Essa mudança impacta luthiers, músicos e colecionadores, que agora se veem em conflito com as autoridades ambientais.
A matéria da Revista Concerto e uma reportagem recente na Veja abordam as consequências culturais dessa proibição, que inclui apreensões de arcos e acusações de contrabando. O renomado violoncelista Yo-Yo Ma destaca a singularidade dos arcos de pau-brasil, que são considerados embaixadores da cultura brasileira.
Gabriel Marin, violista brasileiro, enfatiza a importância da preservação ambiental, mas alerta para os riscos que as restrições podem trazer para a música. Ele defende que a busca por soluções sustentáveis deve incluir o diálogo entre artistas, governos e a proteção do meio ambiente, garantindo que a excelência musical não seja comprometida.
A discussão sobre o pau-brasil levanta questões sobre como equilibrar a arte e a sustentabilidade, enquanto músicos de todo o mundo continuam a tocar com arcos que carregam a essência do Brasil em suas sonoridades.