O pastor Davi Nicoletti, fundador da Igreja Recomeçar, é alvo de um inquérito da Polícia Civil de São Paulo que investiga o suposto uso da instituição religiosa para lavar dinheiro proveniente de um esquema de pirâmide financeira envolvendo criptomoedas. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a conta da igreja recebeu mais de R$ 4 milhões de membros do grupo investigado entre 2018 e 2019.
Nicoletti, que possui 72 mil seguidores no Instagram e é conhecido por pregar a prosperidade financeira, negou as acusações e classificou as informações do Coaf como “mentirosas”. Recentemente, ele gerou polêmica ao afirmar em um culto que “odeia pobre” e criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o chamando de “ladrão”. Após a repercussão negativa, o pastor alegou ter sido mal interpretado.
A investigação, que começou em 2019, também envolve a MDX Capital, empresa acusada de liderar o esquema de pirâmide e que enfrenta diversas ações judiciais de investidores lesados. O Ministério Público do Ceará também investiga a empresa por estelionato e lavagem de dinheiro. Embora a defesa de Nicoletti afirme que um inquérito anterior foi arquivado por falta de provas, a investigação sobre o uso da igreja para ocultar recursos ilícitos permanece em andamento.