A um ano do início da campanha eleitoral de 2026, partidos políticos brasileiros intensificam esforços para formar federações partidárias, uma estratégia que visa unir forças para aumentar a competitividade nas eleições e garantir a sobrevivência diante das cláusulas de barreira. O mecanismo, que funciona como um 'test drive' para possíveis fusões, está sendo adotado como parte das táticas eleitorais das legendas.
Recentemente, o União Brasil e o Progressistas anunciaram a formação de uma super federação, que se destaca como a maior força política do Congresso, reunindo 109 deputados e 14 senadores. Apesar de contar com um número significativo de governadores e prefeitos, a nova aliança enfrenta desafios internos, especialmente em relação ao comando da federação em diferentes estados.
O cientista político Leandro Consentino, professor do Insper, ressalta que os partidos precisarão alinhar suas candidaturas em diversos colégios eleitorais, uma tarefa complexa, já que muitos já tinham candidatos definidos. Além disso, outras federações estão sendo formadas, como entre PSD e Solidariedade, e PSB e Cidadania, enquanto MDB e Republicanos estão em negociações. A expectativa é que as federações sejam registradas até seis meses antes das eleições, conforme as diretrizes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Consentino explica que, embora as federações possam fortalecer partidos já relevantes, também representam uma estratégia de sobrevivência para legendas menores. Ele sugere que a fusão definitiva seria a solução ideal, mas reconhece que as federações oferecem uma alternativa viável para partidos que buscam se manter competitivos no cenário político atual.