Parlamentares de partidos de direita do Parlamento Europeu solicitaram, nesta quarta-feira (30), que a União Europeia (UE) imponha sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, Alexandre de Moraes, e a outros magistrados da Corte. O pedido foi encaminhado à alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, e inclui medidas como o congelamento de bens e a proibição de viagens para os envolvidos.
Os eurodeputados, liderados pelo polonês Dominik Tarczynski, do partido ECR (Reformistas e Conservadores Europeus), alegam que Moraes representa uma “grave ameaça à liberdade de expressão” e teria ultrapassado os limites legais ao acumular funções de investigador, promotor e juiz. Além disso, acusam o ministro de ordenar censura, bloqueio de ativos e prisões sem o devido processo legal.
O grupo de parlamentares argumenta que a atuação de Moraes compromete não apenas a democracia brasileira, mas também os princípios democráticos que a UE defende. Eles afirmam que o ministro estaria visando o ex-presidente Jair Bolsonaro, tentando impedi-lo de concorrer nas eleições de 2026 com acusações infundadas. A proposta de sanções foi celebrada por Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PL-SP), que destacou a importância da luta pela liberdade no Brasil e suas implicações internacionais.