Parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro estão pressionando por uma votação do projeto de anistia, argumentando que sua aprovação poderia influenciar Donald Trump a reconsiderar as novas tarifas impostas ao Brasil. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi informado sobre essa estratégia, mas aliados afirmam que a proposta não será pautada, considerando que a questão das tarifas envolve a soberania nacional.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu a ideia de uma anistia 'ampla, geral e irrestrita', sugerindo que isso poderia ser um gesto importante para reverter a situação econômica do Brasil. Ele criticou a atual 'caça às bruxas' contra o ex-presidente e afirmou que a anistia poderia ajudar a restaurar a normalidade no país.
Por outro lado, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), descartou a possibilidade de negociação, afirmando que pautar o projeto de anistia seria uma rendição ao governo Trump e uma ameaça à soberania brasileira. Ele enfatizou a importância de manter um Poder Judiciário independente e avançar com os julgamentos em curso.
Em uma reunião recente, Hugo Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), destacaram que as negociações com os Estados Unidos devem ocorrer nos âmbitos diplomático e econômico, afastando a possibilidade de acordos políticos que envolvam a anistia. A situação continua a gerar divisões entre os parlamentares, enquanto o Brasil busca uma resposta adequada às novas taxações americanas.