Lucas Felype Vieira, um jovem de 20 anos natural de Francisco Beltrão, Paraná, se alistou como voluntário para atuar na guerra da Ucrânia em maio de 2023, atraído pela promessa de trabalhar com tecnologia militar, especialmente drones. No entanto, ao chegar ao país, ele se deparou com uma realidade diferente, sendo designado para um batalhão de infantaria em Kharkiv, uma das regiões mais afetadas pelo conflito com a Rússia.
Lucas, que enfrentou um período difícil após a morte de sua mãe, decidiu se alistar em busca de um novo recomeço. Ele relatou que, durante o processo de seleção no Brasil, não foram discutidas as reais condições do combate. "Estão me empurrando para funções de infantaria. Disseram que é treinamento, mas não acredito mais nisso", afirmou em um vídeo nas redes sociais, expressando seu desejo de desistir e retornar ao Brasil.
O jovem enfrenta um obstáculo: o contrato assinado com o Ministério da Defesa da Ucrânia exige um período mínimo de seis meses de permanência, o que o impede de deixar o país antes do término do treinamento. Lucas procurou a Embaixada do Brasil em Kiev, mas foi informado de que as autoridades brasileiras não podem interferir em sua situação. Até o fechamento desta reportagem, o g1 não obteve retorno da Embaixada ou do Ministério das Relações Exteriores sobre o caso.