O Paraná enfrenta um aumento alarmante nos casos de meningite, com 27 confirmações e sete mortes registradas entre janeiro e 21 de junho de 2025, segundo dados do Ministério da Saúde. A taxa de incidência da doença no estado é a mais alta do Brasil, levando a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) a emitir um alerta às 22 regionais, orientando os 399 municípios sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e vacinação.
Kelly Andréa dos Santos, de 47 anos, de Foz do Iguaçu, compartilha a experiência traumática vivida há 25 anos, quando seu filho Bruno, então com três anos, foi diagnosticado com meningite meningocócica. "Foi tudo muito rápido. Em poucas horas ele já estava na UTI. Eu achei que perderia meu filho. Foi um milagre ele sobreviver", relembra Kelly, que destaca a importância da vacinação após ter descoberto que seu filho não estava protegido contra a forma bacteriana da doença.
A meningite é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, provocada pela bactéria Neisseria meningitidis. A transmissão ocorre por contato direto com secreções respiratórias, e crianças são o grupo mais vulnerável. A vacinação é considerada a principal forma de prevenção, mas a cobertura vacinal no Paraná em 2024 ficou abaixo da meta do Ministério da Saúde, com 92% na primeira dose e 93% na dose de reforço.
Diante do crescimento dos casos, a Sesa reforça a necessidade de conscientização sobre a vacinação. Kelly, que passou por um trauma ao ver seu filho internado, faz um apelo aos pais: "Vacinar é uma forma de amor e proteção".