Os pagamentos por biometria estão se consolidando como uma alternativa viável e segura para as transações financeiras no Brasil, com potencial de transformação até 2030. De acordo com o Global Payments Report 2025 da Worldpay, o valor transacionado globalmente por smartphones em lojas físicas deve aumentar de US$ 1,2 trilhão em 2014 para US$ 25 trilhões em 2030. A biometria, que inclui reconhecimento facial e digital, surge como uma solução que pode oferecer pagamentos mais rápidos e seguros, desafiando o domínio dos smartphones.
Executivos do setor, como Leonardo Linares da Mastercard e Leonardo Chaves da Okto, destacam a importância da biometria para o futuro dos pagamentos. Linares afirma que a tecnologia é fundamental para a visão da empresa, enquanto Chaves ressalta que a biometria resolve questões críticas de segurança, simplicidade e velocidade, tornando-se uma das tecnologias mais relevantes da próxima década.
A varejista C&A já está implementando essa tecnologia, com sete milhões de cartões digitais emitidos via C&A Pay, permitindo que clientes realizem pagamentos por reconhecimento facial. Além disso, a empresa firmou parceria com a Meta para facilitar o pagamento de faturas via Pix no WhatsApp, apresentando resultados positivos na redução da inadimplência. Fernando Brossi, vice-presidente de operações da C&A, acredita que a educação digital será essencial para o avanço da biometria como meio de pagamento até 2030, promovendo uma jornada de compra mais fluida e conectada.
A Mastercard também tem como meta eliminar senhas nos pagamentos online até 2030, contando com o suporte da biometria para alcançar esse objetivo. A crescente confiança dos brasileiros em novas tecnologias pode acelerar a adoção de soluções biométricas, que prometem diminuir filas e agilizar o processo de checkout nas compras.