O contrato de ouro mais líquido na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York, encerrou a sessão desta quinta-feira, 17, em queda, cotado a US$ 3.345,30 por onça-troy, uma desvalorização de 0,41%. A pressão sobre o metal precioso foi impulsionada por um dólar mais forte no mercado internacional e pela tranquilização dos investidores após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que não planeja destituir o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
Na quarta-feira, 16, Trump declarou que era "altamente improvável" que ele substituísse Powell, o que aliviou as preocupações sobre a possível interferência política na independência do banco central americano. Os comentários do presidente contribuíram para uma leve alta do ouro, mas a incerteza sobre a política monetária ainda persiste, segundo analistas do setor.
Dados recentes sobre varejo, emprego e construção nos EUA superaram as expectativas, indicando uma redução na necessidade de cortes nas taxas de juros pelo Fed. A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, reforçou que a política monetária atual está adequada e que cortes preventivos não são recomendados. O mercado já precifica setembro como o mês mais provável para a flexibilização monetária, com 53,9% de chance, de acordo com o CME Group.
Além disso, o Banco do Povo da China (PBoC) continua a aumentar suas reservas de ouro, levantando especulações sobre compras adicionais em segredo, como parte de uma estratégia para diminuir a dependência do dólar. Essas movimentações no mercado de ouro refletem a complexidade e a interconexão das políticas monetárias globais.