O contrato de ouro com vencimento em agosto registrou alta de 1,43% nesta segunda-feira, 21, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York, encerrando a sessão a US$ 3.406,40 por onça-troy. O aumento foi impulsionado pela fraqueza do dólar e pelas crescentes tensões geopolíticas no Oriente Médio e no Leste Europeu, além das expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) nos próximos meses.
Durante a sessão, o dólar e os juros dos Treasuries, que costumam operar em direções opostas ao ouro, apresentaram queda. Os investidores focaram nas declarações de dirigentes do Banco Central americano sobre a possibilidade de redução das taxas de juros, em meio a uma agenda econômica esvaziada e incertezas sobre tarifas comerciais. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que a administração não apressará acordos comerciais e sugeriu cortes nas taxas de juros caso a inflação permaneça baixa.
Analistas da empresa Tradu destacaram que dados positivos da inflação subjacente americana mantêm o sentimento do mercado em relação ao ouro "cautelosamente otimista". A SP Angel também observou um aumento nas posições especulativas em ouro por parte dos fundos, com investidores buscando segurança em ETFs de ouro diante da incerteza macroeconômica e geopolítica.
No cenário internacional, o exército de Israel foi acusado de disparar contra uma multidão de palestinos em Gaza que buscavam ajuda humanitária, enquanto o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, pressionou por um cessar-fogo, intensificando as preocupações sobre a escalada das tensões na região.