O contrato de ouro mais líquido na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York, registrou alta de 0,14% nesta quinta-feira, 10, encerrando a sessão a US$ 3.325,70 por onça-troy. O aumento ocorre em meio à busca por ativos de segurança, impulsionada pelas novas tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Na quarta-feira, Trump revelou a imposição de tarifas adicionais contra oito países, incluindo uma taxa de 50% sobre as importações do Brasil, que entrará em vigor em 1º de agosto. Essa medida intensifica as tensões comerciais e levanta preocupações sobre o impacto no crescimento econômico global, com analistas prevendo que as tarifas poderão gerar pressões inflacionárias devido ao aumento dos custos de importação.
A alta no preço do ouro também foi influenciada pela divulgação da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), que mostrou divisões entre as autoridades sobre possíveis cortes nas taxas de juros em 2025. A expectativa de que o Fed possa reduzir as taxas de juros em setembro, se os dados de inflação continuarem a cair, reforça a atratividade do ouro como um ativo de proteção em tempos de incerteza econômica, segundo Linh Tran, analista da XS.com.
Atualmente, as probabilidades de um corte de juros pelo Fed em setembro são consideradas majoritárias, com uma expectativa de redução acumulada de 50 pontos-base até dezembro, conforme dados do CME Group. A flexibilização monetária tende a beneficiar o ouro, que não oferece rendimento de juros.